Mais de 300 mil brasileiros já perderam a vida por causa da covid-19. Em meio a esses milhares, muitas mulheres foram vítimas fatais da maior crise sanitária dos últimos tempos durante a gestação e no pós-parto. Para preservar a memória dessas mulheres e deixar registrada na história a vida e a luta delas contra o novo coronavírus, Debora Diniz quer escutar suas famílias.

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As histórias farão parte de uma pesquisa sobre mortalidade materna associada à covid-19 que será desenvolvida pela Anis – Instituto de Bioética. Para participar, basta entrar em contato com a pesquisadora pelos perfis no Instagram ou Twitter.

Um levantamento preliminar do Grupo Brasileiro de Estudos sobre COVID-19 e Gravidez, a partir de dados públicos do Sistema de Informação Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), revela que, das 160 mortes maternas conhecidas e notificadas em todo o mundo entre 26 de fevereiro e 18 de junho de 2020, 124 ocorreram no Brasil. Das 124 mortes maternas registradas no período, apenas 64% foram entubadas e ventiladas e 36% não receberam a assistência adequada. A maioria (71%) era de não brancas e se encontrava nas regiões Norte e Nordeste.

O dado é alarmante e pode representar um cenário ainda pior se considerarmos a grande subnotificação e subregistros das mortes maternas. Se a mortalidade materna antes da pandemia já era preocupante, com o coronavírus, a situação está caótica principalmente pelo desinvestimento do governo federal na saúde pública.
São consideradas mortes maternas aquelas que ocorrem durante ou até 42 dias após o término da gestação, inclusive mortes por aborto.

Envie as histórias das mulheres que perderam a vida por causa da covid-19 durante a gravidez para o Instagram de Debora Diniz ou pelo Twitter.